ETA VIDA DE PROFESSOR!

Na tarde do último sábado, eu e minha amada esposa estávamos saboreando um sensual morango ao leite em um shopping da cidade. Entre conversas e cochichos, folheava um encarte em que produtos de uma livraria são anunciados. Em uma de suas páginas, um texto que me fez refletir. Eta vida de professor! Mesmo em momento de namoro, um sentimento cujo nome não sei aflorou. Disse a ela que postaria a reflexão no meu blog. E que seria a primeira contribuição não referente a material didático. Segue o texto:




Em casa, a garota está desanimada. Não foi escolhida para brilhar na tela. Não faz bronzeamento artificial nem lê livros. Sente-se feia, mas assiste à TV. A menina é o espelho de milhares de jovens.
A inferência que a televisão tem na vida de todos diz muito de nós: revela a educação doada pelos pais a seus filhos. A TV virou babá, quado, não, o irmão mais novo. A correria dos pais os distancia até da vida escolar dos pequenos. Escolas tentam esclarecer a respeito do poder dos livros, do teatro, do quase extinto recreio. Não vale dizer que tais medidas seriam censura. Alguém deve dar limites à qualidade televisiva.
Apesar de pesquisas errarem tanto quanto acertam, o fato é que um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, feito em 2010, causa espanto: perguntaram a um grupo de crianças se prefiririam parar de ver televisão ou não mais conversar com os pais. Um terço preferiu a última opção.
Indubitavelmente, se os pais passam os dias de semana "fora", a companhia da TV chega, antes por uma carência que por necessidade: ela se abriga em lares por 25 horas semanais, em média.
Tvs (chamadas menores) que prezam a qualidade, em vez da quantidade, existem, mas precisam se fortalecer. E o público quer? No começo de fevereiro, voltam as aulas. É quando os professores vão concorrer com escolas de samba e rebolados, brothers, que de big não têm nada, e com uma enxurrada de desenhos animados (para adultos). Se isso passar pelo crivo dos pais, no final da conta virá alta.
Texto: Samuel Guimarães - Revista Leitura - fevereiro de 2011 - ano 6 - nº 41 - página 5

É isso aí. Apesar das circunstâncias pessoais, não podemos permitir que a televisão, o computador ou qualquer outro meio de lazer nos domine. Por outro lado, sermos escravos do dever também não é legal. É importante que tenhamos o comando sobre nossas decisões, principalmente quando há o choque entre o que eu quero e o que eu necessito fazer. É quando entra o bom senso, o equilíbrio.
Por isso somos humanos.

Um abraço.
Fernando