Em uma avaliação recente, quando analisamos as atitudes de Eurico e Hermengarda em função do amor impossível entre eles e sua pseudo vocação religiosa, percebemos a atitude corajosa, contudo, suicida por parte de Eurico no trecho em que ele luta contra três inimigos.
Na batalha derradeira, Eurico despreza o guerreiro Muguite parte para cima e liquida os outros dois, Opas e Juliano. Chegando a vez de Muguite, Eurico larga o seu franquisque, espécie de machado, e arranca o seu próprio capacete. Muguite acerta em Eurico um golpe. O crânio de Eurico é jogado longe.
Eurico se deixa matar em função da sua crise de consciência por não ter sabido administrar seus dilemas interiores. Mesmo assim, o narrador cita textualmente morte de Eurico com as seguintes palavras: Como tomba o abeto solitário da encosta ao passar do furacão, assim o guerreiro misterioso de Críssus caía para não mais se erguer!... Parafraseando a metáfora, o furacão, mais forte do que a solitária árvore, a derrubou para sempre.
Trazendo para o 2ºL, tivemos um final diferente. As batalhas em torno dos preparativos e também da própria apresentação do sarau literário no dia três próximo passado tinham tudo para terminar como terminou a vida de Eurico, isto é, entregar os pontos e se deixar vencer pelos inúmeros furacões tais como:
- a falta de envolvimento de um ou outro aluno em relação à atividade
- a descrença por parte de alguns professores em relação à própria turma
- o fato de a turma ser a única da segunda série do vespertino
- a dificuldade em relação aos encontros para ensaios
- as finanças
- demais compromissos em outras disciplinas (provas, trabalhos, testes etc.)
- a própria turma em duvidar da sua capacidade
- o tempo disponível
- a incapacidade por parte do seu professor de Português em dar uma orientação melhor aos alunos
- o péssimo exemplo de cidadania por parte de alguns que assistiram à apresentação
Entretanto, todos os furacões que assolaram essa árvore não conseguiram derrubá-la. Pelo contrário, o abeto resistiu bravamente. O 2º L soube administrar todas as crises enfrentadas com coragem, intrepidez e responsabilidade. Daí a estupenda vitória ao anoitecer do dia três de junho de 2011, no auditório do CEMTN.
Parabéns pela perseverança.
Parabéns pela união demonstrada.
Parabéns pelo respeito demonstrado a todos que esperavam pela apresentação de vocês.
Parabéns pelo respeito demonstrado a aqueles que não respeitaram vocês durante a apresentação.
Parabéns pela capacidade demonstrada em derrubar todos os mitos negativos que se formaram em torno de vocês.
Parabéns, 2º L.
Fernando Fernandes
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