segunda-feira, 6 de junho de 2011

2º ANO - SOBRE O SARAU

     Em uma avaliação recente, quando analisamos as atitudes de Eurico e Hermengarda em função do amor impossível entre eles e sua pseudo vocação religiosa, percebemos a atitude corajosa, contudo, suicida por parte de Eurico no trecho em que ele luta contra três inimigos.

     Na batalha derradeira, Eurico despreza o guerreiro Muguite  parte para cima e liquida os outros dois, Opas e Juliano. Chegando a vez de Muguite, Eurico larga o seu franquisque, espécie de machado, e arranca o seu próprio capacete. Muguite acerta em Eurico um golpe. O crânio de Eurico é jogado longe.

    Eurico se deixa matar em função da sua crise de consciência por não ter sabido administrar seus dilemas interiores. Mesmo assim, o narrador cita textualmente morte de Eurico com as seguintes palavras: Como tomba o abeto solitário da encosta ao passar do furacão, assim o guerreiro misterioso de Críssus caía para não mais se erguer!... Parafraseando a metáfora, o furacão, mais forte do que a solitária árvore, a derrubou para sempre.

     Trazendo para o 2ºL, tivemos um final diferente. As batalhas em torno dos preparativos e também da própria apresentação do sarau literário no dia três próximo passado tinham tudo para terminar como terminou a vida de Eurico, isto é, entregar os pontos e se deixar vencer pelos inúmeros furacões tais como:

- a falta de envolvimento de um ou outro aluno em relação à atividade

- a descrença por parte de alguns professores em relação à própria turma

- o fato de a turma ser a única da segunda série do vespertino

- a dificuldade em relação aos encontros para ensaios

- as finanças

- demais compromissos em outras disciplinas (provas, trabalhos, testes etc.)

- a própria turma em duvidar da sua capacidade

- o tempo disponível

- a incapacidade por parte do seu professor de Português em dar uma orientação melhor aos alunos

- o péssimo exemplo de cidadania por parte de alguns que assistiram à apresentação

     Entretanto, todos os furacões que assolaram essa árvore não conseguiram derrubá-la. Pelo contrário, o abeto resistiu bravamente. O 2º L soube administrar todas as crises enfrentadas com coragem, intrepidez e responsabilidade. Daí a estupenda vitória ao anoitecer do dia três de junho de 2011, no auditório do CEMTN.

     Parabéns pela perseverança.

     Parabéns pela união demonstrada.

     Parabéns pelo respeito demonstrado a todos que esperavam pela apresentação de vocês.

     Parabéns pelo respeito demonstrado a aqueles que não respeitaram vocês durante a apresentação.

     Parabéns pela capacidade demonstrada em derrubar todos os mitos negativos que se formaram em torno de vocês.

     Parabéns, 2º L.

                                                                                                                                    Fernando Fernandes

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